Fatores como os preços das passagens e o tempo das viagens tornam o acesso a João Pessoa mais difícil e as capitais vizinhas Recife (PE) e Natal (RN) tornam-se opções para passageiros que partem ou estão chegando a João Pessoa. Com as obras de duplicação da BR-101 praticamente concluídas, é possível viajar da capital pernambucana para João Pessoa (120 quilômetros de distância) em aproximadamente duas horas. O valor médio da tarifa em Recife, conforme o IBGE, é de R$ 268,09 – 53% mais barata em relação a João Pessoa.
Entre os passageiros, há o consenso de que o valor cobrado nem sempre compensa o serviço oferecido por aeroportos e companhias aéreas do País. “É difícil encontrar passagens baratas para João Pessoa. Sempre consigo encontrar promoções e preços mais acessíveis para outras cidades como Rio de Janeiro, São Paulo e Florianópolis. São preços que não justificam o serviço oferecido”, afirmou a médica Graça Lins, que viajou da Capital para Brasília na semana passada.
De acordo com a pesquisa realizada pelo IBGE, as tarifas cobradas pelas companhias aéreas que operam em João Pessoa estão acima inclusive de valores cobrados em cidades nordestinas menores, como Petrolina (PE), cuja tarifa média é R$ 370, e Ilhéus (BA), onde o custo aproximado para embarcar é de R$ 397,09. Com uma tarifa média de R$ 503,55, Campina Grande tem a segunda passagem aérea mais cara do Nordeste, ficando à frente apenas de Juazeiro do Norte, no Ceará (R$ 535,90).
Gastos
Para o aposentado Teseu Lins, que gosta de viajar para destinos pouco comuns, o maior empecilho é o tempo gasto para chegar às cidades que não possuem voos direitos saindo da Capital. Isso porque João Pessoa está ligada diretamente apenas às cidades de Campinas (SP), São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Brasília (DF), Recife (PE), Salvador (BA) e Fortaleza (CE).
“Quando viajei para Manaus, saí daqui (João Pessoa) às 5h e só cheguei ao destino às 14h. Isso porque precisamos fazer conexões em Salvador e Brasília. Mesmo sendo uma viagem a lazer, é ruim porque já chegamos cansado ao lugar. Acho que a situação está melhorando aos poucos, mas ainda não é o ideal por causa do número crescente de turistas na cidade”, disse.
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